Materiais:
Enviada em: 19/10/2018

Em "As crônicas de gelo e fogo", Porto Real é uma cidade onde as pessoas são divididas de acordo com sua classe social, reservando melhores condições de vida para a população mais rica. O livro de George Martin retrata uma situação presente também no Brasil e que traz transtornos, principalmente, à autonomia e integridade das classes mais desfavorecidas, haja vista a estruturação segregacionista brasileira e a insuficiência de gestões governamentais que viabilizem a plena igualdade social.     Nesse sentido, a constituição cidadã de 1988 e a carta de direitos humanos da ONU - Organização das Nações Unidas - asseguram em suas diretrizes o direito de iguais oportunidades para todos os cidadãos. Entretanto, isso não é de fato cumprido, uma vez que um "arpatheid" social separa os brasileiros. Comprova-se isso, segundo dados do G1, que mostraram uma grande limitação da população mais pobre em eventos, lojas e até mesmo bairros, o que prejudica a autonomia desses, visto o estabelecimento de uma estrutura separatista no país.    Tal realidade assemelha-se à vivida nos Estados Unidos e África do Sul no século passado, onde negros e pobres eram separados nas cidades. No Brasil, ações afirmativas, como meia entrada em eventos culturais,  colaboram para amenizar tais situações e permitem, desse modo, acesso igualitário à qualquer classe em meios culturais e sociais. Contudo, a nação brasileira ainda é, segundo o jornal O GLOBO, um dos países que menos dá oportunidades aos jovens pobres, principalmente se forem negros, o que os tornam minorias em universidades e empregos formais, o que ameaça, acima de tudo, a  integridade desses na sociedade.    Vê-se, portanto, a necessidade de medidas que combatam tal problemática enfrentada no país. Urge que o Governo Federal, com apoio das prefeituras, promova uma série de projetos que levem cinemas, teatros e eventos de caráter cultural para as periferias, com fito de descentralizar esses tipos de programas e a estrutura separatista possa ser, mesmo que lentamente, extinta. Além do mais, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Trabalho devem disponibilizar um maior número de Cotas para Universidades públicas e empregos formais para as populações mais carentes, com fim de, temporariamente, mitigar desigualdades de acesso à esse direito. Por outro lado, à longo prazo, o MEC deve melhor estruturar as escolas públicas com repasses de maiores investimentos, para que, desse modo, as oportunidades entre todos os brasileiros sejam as mesmas e a realidade se afaste do universo supracitado de Martin.