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Enviada em: 26/07/2019

Na obra "O cortiço", o autor Aluísio de Azevedo evidenciou o processo de modernização da cidade do Rio de Janeiro, em 1902, liderada por Pereira Passos, caracterizou-se pela campanha "bota-baixo" que visou a destruição dos cortiços e causou o desalojamento das camadas populares e sua migração para as periferias. Analogamente, o reflexo da marginalização citado se faz presente nos dias atuais e se tornou mais intenso com a industrialização.       Em primeiro lugar,  a Constituição  brasileira preconiza que todos são iguais perante a lei, no entanto, o Estado não garante, de maneira satisfatória, a igualdade a todos, o que corrobora para evidenciar ainda mais a desigualdade e diferenças entre classes. A exemplo o acesso a serviços básicos como saúde e educação. Enquanto aqueles que possuem condições financeiras têm disponibilidade de serviços de qualidade, a população carente sofre para ter suas necessidades básicas supridas.       Além disso, o preconceito criado por esteriótipos de classes, tendem a agravar mais ainda a situação, fazendo a busca pelo isolamento e a criação de muros entre aqueles que não se encaixam no mesmo padrão. Segundo Milton Santos, a força da alienação vem da fragilidade dos indivíduos, quando só conseguem identificar o que os separa e não o que os une. Seguindo esse raciocínio é possível afirmar que a falta de convívio entre pessoas de classes diferentes compromete a percepção da realidade comum pelo indivíduo, inserindo-o numa bolha social.       Sendo assim, torna-se evidente que a segregação social é uma problemática atual. Para mudar essa realidade é preciso a intervenção no setor público a fim de garantir melhores condições a população de baixa renda e garantir os seus direitos respaldados pela Constituição, assim promovendo a ascensão social.