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Enviada em: 17/04/2017

A vinda da corte portuguesa ao Brasil,no limiar do século XIX trouxe um novo estilo de vida repleto de requintes e de luxo.Não obstante,apenas eles próprios e aqueles detentores de títulos tinham acesso à sofisticação.A partir desse panorama,a sociedade brasileira,já bastante atormentada pelas mazelas da escravidão,viu-se novamente segregada entre classes sociais.Dessa maneira,infere-se que a separação de estamentos gera distinções em uma sociedade como a brasileira,essencialmente mestiça.    De início,é importante ressaltar que segundo Karl Marx,a sociedade é condicionada pelo seu modo de produção.Desse modo,no capitalismo,as relações são postas entre a classe dominante e a dominada.Tal perspectiva,no entanto,revela uma crescente noção de diferenciação em detrimento da premissa de igualdade,essa vital à democracia.Nesse sentido,irrompe a desigualdade socioeconômica,a qual é um problema crônico ao Brasil.     Ainda é válido pontuar,à medida que a desigualdade corrói espaços ocupados,majoritariamente pela população de baixa renda,o isolacionismo dos mais ricos em ambientes exclusivos ascende.Como consequência,essa realidade propicia o desenvolvimento de discrepâncias entre os espaços urbanos.Tal fenômeno da ''camarotização'',ou seja,a segmentação física entre classes sociais,é encontrada no ensino brasileiro.As escolas as quais têm boa qualidade de ensino - geralmente as privadas - ficam predominantes àqueles que possuem condições para pagá-las.Em contrapartida,as escolas públicas por não terem tal vantagem,não possuem muitos alunos ricos.     Logo,ao Governo Federal cabe compor mecanismos que atenuem os contrastes sociais.A educação é um desses mecanismos,pois ela unifica e dá oportunidades a todos.Porém,o Estado tem de implantar o ensino em período integral e incluir crianças na rede de ensino de modo que,possuam condições adequadas de aprendizado.A partir disso,a população aprenderá a conviver uma vida comum sem distinções.Afinal,o Brasil é uma nação miscigenada,portanto,está em sua essência conviver com as diferenças.