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Enviada em: 10/06/2017

“O som ao redor” é um filme recifense que mostra uma realidade social segregativa que, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, atinge mais de 68% da população do país. Essa descriminalização com a população mais pobre está exposta tal qual foi com o Apartheid na África do Sul, em que lojas e condomínios são feitos para as classes mais ricas, chegando até a expulsar quem aparenta ser de camadas mais baixas.  Albert Einstein, em seu livro “Como Vejo o Mundo”, explica que devido à grande influência preconceituosa das pessoas ricas, os indivíduos com menores condições financeiras se tornam inferiores aos outros. Esse grande controle está exposto, por exemplo, nos shoppings. Ele e suas lojas são programados para receber clientes das classes A e B, tratando com menosprezo e intolerância os demais. Como ocorreu com a psicóloga Edinalva Borges, no shopping BH. Ela, por estar vestindo roupas mais simples, foi mal atendida pela vendedora e pela gerente de uma das lojas do local, sendo olhada rudemente e recebendo comentários discriminatórios.  Além disso, não há uma democratização dos espaços urbanos. Em regiões ditas como nobres, as áreas de lazer, como parques e praças, são mais protegidas, melhores em estrutura, e mais seguras que nos outros lugares. Essa falha do Governo é separatista e errônea, além de infringir os direitos sociais dos cidadãos, protegidos pela Constituição brasileira.  É de extrema importância, portanto, que haja uma ação dos órgãos competentes para a inclusão dessas pessoas. Assim, o Governo deverá reestruturar e disponibilizar da segurança nas áreas de lazer, além de aumentar os parques públicos em regiões mais carentes. A população, por sua vez, terá que lutar contra qualquer ato disruptivo que houver a acontecer, denunciando e exigindo seus direitos. Com isso, essa segregação aos poucos desaparecerá.