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Enviada em: 12/07/2017

A Anomia Durkheimiana e o respeito ao direito de todos em Rosseau    A Segregação das classes sociais é um problema vivenciado no Brasil e no mundo. Na ótica da Sociologia, segregação social pode ser definida como uma separação espacial de um grupo de pessoas, em virtude de um fator de discriminação, e, para Karl Marx, a luta de classes é a Locomotiva que move a história. A saber, a estratificação da sociedade pode ser percebida desde a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, devido a criações de espaços urbanos destinado a elite, como pode ser depreendido, da leitura do livro 1808, de Laurentino Gomes. Diante dessa herança de fracionar a população, temos como consequência: pessoas morando em áreas periféricas, irregulares ou em favelas, e, a concentração da infraestrutura urbana nos centros de população de alta renda.     Existe na contemporaneidade brasileira o fenômeno da especulação imobiliária, que é a agregação de valor a determinadas áreas em consequência da implantação de infraestrutura urbana, que traz como resultado, o aumento do custo de vida. Em oposição, dados do IBGE mostram que 72 % dos brasileiros ganham até dois salários mínimos, diante disso, grande parte da população não consegue viver nos centros urbanos devido ao alto custo das moradia, assim, serão empurrados para áreas periféricas, vivendo em áreas irregulares de moradia, ou até mesmo, em favelas.    O processo de valorização urbana necessita da instalação de equipamentos, como rede de saneamento e energia, escolas, rede de comércio, serviços de saúde, que ficam concentrados em locais onde vivem pessoas de alta renda. Essas melhorias acabam não sendo estendidos até as zonas periféricas de baixa renda, ocasionando um população de baixa escolaridade, baixa saúde, baixa qualidade de vida. Esta pratica de segregação social vai de encontro com o atual Estado de Direito Brasileiro, ferindo a dignidade humana, em que a sociedade pratica atos que estão fora dos valores pré estabelecidos na consciência coletiva, na solidariedade, e, segundo Durkheim, num estado de anomia.    Em suma, a segregação social é um entrave no desenvolvimento social do Brasil. Portanto, cabe ao Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento, expandir as obras de saneamento e energia para as áreas periféricas, construindo também postos de saúde, e, garantindo, via incentivo fiscal, que centros de comércio possam ser instalado nessas áreas. Juntamente, cabe ao terceiro setor, através de palestras e debates, mobilizar a população para cobrar do poder público melhorias na infraestrutura urbana. Em paralelo, cabe ao cidadão participar de forma ativa nas decisões sobre a política pública e fiscalizar o andamento das obras, como fruto, estaremos em consonância com o pensamento de Jean Jacques Rosseau, de um país governado por todos e para todos.