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Enviada em: 26/07/2017

Com a chegada dos portugueses, no início do XVI, a sociedade brasileira era exacerbadamente desigual, de tal forma que havia a separação entre europeus, africanos e índios. Embora a sociedade colonial tenha evoluído para uma República, na qual vigora a democracia, ainda existe segregação entre as diversas classes sociais, seja por fatores históricos de ocupação do território, ou até por deficiências de mobilidade urbana.   Primeiramente, é importante destacar o histórico processo de periferização dos mais pobres. Um exemplo da discrepância da habitação de diferentes classes é o que acontece no Rio de Janeiro. No decorrer do processo de ocupação populacional da cidade, os mais carentes foram "empurrados" aos morros. Tal acontecimento priva-os, ainda, do acesso a alguns lugares, o que gera a elitização de determinados bairros.   Além disso, a ineficiência dos transportes coletivos impede uma mobilidade urbana eficiente e o acesso, de parte da população, a determinados serviços. Devido ao rodoviarismo, adotado por Juscelino Kubitscheck, aos altos preços do transporte público e à concentração de cultura e entretenimento nos grandes centros das cidades, pessoas de áreas periféricas enfrentam obstáculos apenas no ato de deslocar-se ao local desejado.    Com isso, depreende-se a segregação social existente no Brasil do século XXI. Portanto, o Poder Executivo deve dar, às empresas, benefícios fiscais que visem incentivar a instalação delas em locais mais afastados dos grandes centros, homogeneizando o acesso aos mais variados serviços. O Ministério da Cultura necessita levar, para essas áreas, por meio de praças públicas, feiras de livros, cinemas ao ar livre e apresentações artísticas. Por último, o Ministério do Transporte e o Ministério das Cidades precisam de meios que viabilizem a mobilidade urbana. Para isso, o transporte coletivo deve ser ampliado e melhorado, para que a população deixe em casa os seus carros e contribua para um trânsito saudável. Assim, o país tornar-se-á acessível a todos os cidadãos.