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Enviada em: 28/07/2017

A formação histórica da sociedade brasileira está intrinsecamente ligada à divisão das classes sociais que mantêm-se notórias até a atualidade.Nessa perspectiva,apesar das recentes medidas paliativas, implantadas pelo Estado a fim de minimizar essa desigualdade evolutiva,tais ações estão muito aquém de solucionar efetivamente as demandas sociais, o que evidencia essas gritantes disparidades socioeconômicas.Desse modo,a segregação social é uma problemática inerente a época atual que causa prejuízos sociais ,necessitando,assim,de atuações que reduzam essas discrepâncias.        Primeiramente,é necessário salientar que a segregação espacial é um reflexo nítido da disparidade social além de promover a naturalização das péssimas condições dos serviços coletivos.Nesse sentido,os ambientes selecionam o público que irão atender  através do poder aquisitivo dos indivíduos, o que corrobora para a segmentação dos grupos sociais, bem como, para o sucateamento dos serviços públicos uma vez que a busca por infraestruturas diferentes do primeiro setor torna-se  uma alternativa comum, diminuindo  seus usuários e por conseguinte a cobrança por melhorias.Essa situação ratifica a perspectiva do grande sociólogo Max Weber,que retrata as classes sociais como resultado de um fator comum que as permite interagir e consequentemente a se isolarem.Assim,as disparidades econômicas criam "permissões" que funcionam como uma ordem social invisível que controla acessos a determinados recursos além de fomentar a acepção natural da desordem do primeiro setor.      Além disso, as interações entre as classes díspares tornaram -se gradualmente menores o que evoca a constituição de valores distintos bem como a exclusão social.Dessa forma,o acesso a estruturas civis como educação, cultura e renda são amplos aos grupos abastados enquanto que os indivíduos vulneráveis dispõem desses recursos de forma limitada o que consolida as diferenças entre essas pessoas estimulado a marginalização social dos indivíduos mais desfavorecidos.De acordo com dados divulgados em 2016 pelo site G1, menos de 1% da população que declara impostos no Brasil detêm cerca de 22% da riqueza nacional.Logo,essa informação explicita o empoderamento de certos grupos coletivos e  o isolamento das classes carentes que desprovidas dos direitos básicos vivem em situações sub-humanas o que colabora para definhar bases democráticas como equidade e igualdade.      Portanto,é imprescindível que as barreiras entre as classes sociais sejam reduzidas para que de fato a lógica democrática seja estabelecida.Para tanto,é preciso que grupos empresariais invistam projetos sociais como ONG's,sendo incentivados pelo Estado através de descontos fiscais,por exemplo.Além disso,o governo precisa disseminar políticas públicas voltadas a esse tocante a fim de oferecer recursos para que a ascensão social seja fortalecida por meio da promoção de  qualificações profissionais.