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Enviada em: 30/08/2017

Jorge Amado em sua obra “Capitães da areia” retrata a vida de crianças e adolescentes marginalizados, que vivem nas ruas de Salvador e são segregados e menosprezados pelas autoridades. Fora da literatura, tais problemas são uma realidade no Brasil, pois ainda há uma tendência de ignorar aqueles menos favorecidos, intensificando a distinção entre as classes sociais e a segregação sócio espacial, sendo necessária a elaboração de medidas para solucionar o impasse.    Conforme aponta Karl Marx, não é a consciência dos homens que determina seu ser, mas seu ser social que determina sua consciência, baseado em tal afirmação, é possível notar que a determinação social imposta ao individuo é capaz de exercer sobre ele um papel fundamental na formação de seu caráter como cidadão.      Além disso, o processo de segregação se agrava em consequência da cultura do medo, que está fortemente presente nas mídias brasileiras. Seu impacto social esta gerando o fenômeno da “camarotização” e aumentando progressivamente o número de condomínios fechados, isolando socialmente e fisicamente as classes mais baixas.     Portanto, nota-se que em um primeiro momento, as prefeituras de municípios brasileiros junto a ONG’s devem planejar projetos sociais que envolvam pessoas pobres e em áreas periféricas para mostrar a elas o quão importante é a sua participação em âmbito social. Em segunda instância, os próprios indivíduos segregados devem utilizar de redes sociais para divulgar sua cultura e o seu dia a dia de forma que a sociedade como um todo veja a realidade e desassocie a criminalidade com classes sociais baixas.