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Enviada em: 20/09/2017

“Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. O trecho da canção “O Tempo Não Para”, escrita pelo músico brasileiro Cazuza, retrata acerca da manutenção de temas nos dias atuais. Nesse contexto, inclui-se a questão da segregação das classes sociais no Brasil, fenômeno persistente ao longo do contexto histórico brasileiro, o qual apresenta efeitos negativos para toda a sociedade.                                  Nesse sentido, a segregação é presente desde o período colonial, no qual a população da época era dividida em colonos, escravos, mestiços e estrangeiros, os quais ocupavam posições distintas e frequentavam locais destinados a cada classe. Diante disso, contemporaneamente, verifica-se a persistência da variável em diversos ambiente , assim como ocorre nos condomínios , os quais muitas vezes são construídos afastados de centros urbanos. Todavia, muros altos e vigilantes, separam e os distinguem da população pobre, a qual muitas vezes mora ao lado em condições opostas.    De acordo com Zigmunt Bauman,  pensador polonês, ocorre a Mixofobia – aversão à mistura – sendo esse medo aliado ao preconceito precursores dessa segregação. Não obstante, o efeito desse fenômeno é o aumento da desigualdade social, uma vez que, selecionar grupos em detrimento de outros corrobora para a assertiva. Além disso, formam-se comunidades isoladas e homogêneas, sem haver interações entre culturas. De encontro a Mixofobia, Bauman propõe a Mixofilia – amor à mistura – incentivo a participação das pessoas na vida em sociedade como um todo.                      Em síntese, a persistência da segregação social necessita, portanto, ser combatida a fim de promover maior igualdade entre as classes e desvincular-se da herança do contexto histórico brasileiro. Para isso, é primordial a contribuição das instituições de ensino através de projetos de integração entre escolas publicas e privadas como olimpíadas e gincanas , promovendo dessa maneira interações entre diferentes camadas. Ademais, os Gestores Públicos devem aumentar a criação de áreas de convívio social, como parques, em áreas cujo acesso seja facilitado.