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Enviada em: 21/09/2017

O ouroboros da segregação social brasileira   No sistema capitalista, aquele que tem um maior poder aquisitivo distância-se daqueles que não o têm. Tendo em vista que o capitalismo deu seus primeiros passos em meados do século XV, com a expansão do mercantilismo, as classes sociais tomaram mais forma, e com elas a quase instantânea separação de determinados meios e costumes.   A medida que o mundo foi se industrializando, tendo seu início na Revolução Industrial, as classes sociais ficaram ainda mais discrepantes umas das outras, dificultando assim, a marcha para a ascensão das camadas mais baixas. O proletário vende a sua força de trabalho para o patrão, e este lhe retorna a remuneração que por sua vez é apenas o suficiente para que o trabalhador não morra de fome, dificultando que ele aplique o resultado do seu esforço em coisas que contribuiriam para seu crescimento social, e com isso a melhoria do seu panorama. O trecho da canção “Até quando” do músico brasileiro Gabriel, O pensador ilustra muito bem esse fato: “Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?”   Nesse sentido, a exclusão social leva muitas pessoas à margem da sociedade, facilitando o processos como a favelização e por conseguinte da violência urbana. Por sua vez, esses processos desencadeiam a segregação não só social, como a espacial também. Portanto, aqueles que têm a oportunidade de se abster dos resultados dessa exclusão, o fazem e por vezes completamente, instalando-se em condomínios fechados, clubes e shoppings, por exemplo. Esse fenômeno é denominado “camorotização” e ele contribui para o agravamento do seu próprio determinante.  Em síntese, é necessário algumas mudanças para que essa perspectiva seja melhorada. O Governo Federal deve incentivar melhores remunerações para os trabalhadores dos setores primários e secundários por meio do aumento do salário mínimo e melhores condições de trabalho, pelo Ministério do Trabalho. Além disso, o Ministério da Educação deve promover a interação entre escolas públicas e privadas através de gincanas, torneios esportivos e intelectuais, e também melhorias no próprio ensino proporcionando competições sadias e iguais.