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Enviada em: 23/09/2017

O Brasil encontra-se entre os países com maior desigualdade social e este panorama traz conseqüências negativas que engessam o desenvolvimento nacional decorrentes da diferenciação entre classes sociais. Nesse sentido, é possível afirmar que não só nos Estados Unidos há intensa segregação de negros e mexicanos, mas em solo verde-amarelo há tanto quanto, fissura latente entre suas camadas.         Vale ressaltar que um das causas relevantes foi enraizada na escravidão, período colonial, na qual inferiorizava-se os negros e não os consideravam, pois delimitava, claramente, a existência de apenas dois indivíduos brasileiros: os senhores de engenho (ricos) e os trabalhadores (pobres). Assim, iniciou-se esse processo que reverbera, nos dias atuais, resquícios culturais ultrapassados causando preconceito que negam oportunidades e desvalorizam o próprio cidadão brasileiro.        Converge para esse quadro, um estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) sobre a percentagem de alunos pertencentes à classe baixa renda freqüentadores de escolas particulares. O resultado minúsculo de 13% faz com que se perceba o alto nível de diferença entre os estudantes brasileiros, uma vez que, na maioria das vezes, as escolas públicas englobam os menos favorecidos e “culturalmente” ensino inferior e o oposto, melhores condições. A partir disto, percebe-se que o indicativo mencionado revela o quanto há discriminação social, inclusive no ensino, atingindo a juventude.        Em contrapartida, nos países desenvolvidos, os colégios particulares encontram-se em extinção, haja vista o pensamento evoluído sobre cidadania. Para tanto, os filhos das autoridades estudam em colégios públicos e há até lei regulamentadora para isto, ou seja, não demanda separar aquele que possui condição financeira do que não tem, uma vez que é possível ambos coexistirem no exercício cidadão de seus direitos básicos.        Destarte, depreende-se que a segregação realçada entre grupos da mesma etnia provém de ser banida da sociedade. É necessário investimento público, por meio do Ministério da Educação, em projetos educacionais que realizem workshops interdisciplinares não somente com o esporte, mas também com as disciplinas História, Geografia, Física, Sociologia e Filosofia a partir de trabalhos de iniciação científica, uma vez a cada trimestre, em parcerias entre colégios públicos e privados para discutir e difundir questões sociais como cultura, violência e preconceitos étnicos e xenófobos a fim de propiciar informação para banir a cultura da inferiorização e transformar o pensamento vigente ainda retrógrado da separação de classes individuais.