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Enviada em: 30/09/2017

A segregação social é um problema grave e silencioso, Presente em pequenas ações ela promove a perda total da fraternidade entre os indivíduos, que antes se viam como cidadãos, passam a se ver como rivais. No Brasil há ainda um agravante, de acordo com o Índice de Gini, o país é um dos mais desiguais do mundo.        Esse cenário segregacionista é moldado desde cedo. Filhos de pessoas de melhor condição social estudam em escolas particulares, que de acordo com o MEC, que avaliava escolas de ensino médio de acordo com a nota do ENEM, tem muito melhor qualidade de ensino que as maioria das públicas. Nesse caso não há interação social entre as diferentes classes já na escola, na idade onde o indivíduo molda sua personalidade, sendo a fase onde a convivência seria aceita de forma mais natural.       Soma-se isso a políticas recentes extremamente infelizes para o bem comum, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que retiraram verbas do estado que poderiam ser aplicadas para diminuir a desigualdade ou promover melhores serviços públicos e tem-se um cenário preocupante. Um estado falido, incapaz de promover a fraternidade, ou bons serviços públicos, esses que também promovem a interação social.       Aliar o combate a segregação social a esse cenário é difícil e exige uma grande reforma. O primeiro passo é que o governo promova ensino de qualidade, como isso é extremamente complicado na atual conjuntura, cabe ao MEC dar bolsas em escolas particulares para filhos de pais em ruim condição social, para a interação entre as diferentes classes desde cedo. Um exemplo que funciona são os Institutos Federais, essas escolas promovem educação de nível médio de qualidade e gratuita, pelo sistema de cota, que garante 50% das vagas para alunos de escolas públicas, propiciam uma intensa interação social, porém não atuam no ensino fundamental. País rico não é onde todos tem carro, país rico é onde todos andam de transporte público.