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Enviada em: 27/03/2018

As Faces        O pobre tem rosto. Tal mentalidade, embora ultrapassada, prevalece nas marcas de roupa, no carro que se usa, no emprego que se tem, e até mesmo a cor da pele, visto que os negros e pardos são a maior parcela dentre os pobres. No entanto, a distinção de classes é consequência. A causa está na falta de igualdade de oportunidades em relação a possibilidade de ascensão social, o que é essencial para a manutenção dos estigmas sociais supracitados.       A melhor ferramenta transformadora de realidades se encontra na educação de qualidade. Infelizmente, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil amarga a penúltima posição no ranking da qualidade de educação dentre trinta e seis países analisados. Isto abre margem para a descoberta de novas metodologias, sendo de destaque o sistema denominado Vouchers, que vem dando experiências positivas desde que foi implantada em alguns Estados dos EUA e em países como Canadá e Suécia.        A ideia é de o Estado fornecer algum título de crédito para os pais das crianças de acordo com a renda familiar, para que estes escolham, matriculem e possam pagar a escola particular que creem ser de melhor qualidade para seus filhos. Isto faz com que as escolas, sejam elas públicas ou privadas, melhorem a sua qualidade devido a concorrência pelo novo aluno com o intuito de conquistá-lo.        Logo, urge a necessidade de implantar este método no Brasil, o qual pode ser aplicada por leis que mudem o plano educacional nacional, estadual e municipal, e poderia ser executado pelo MEC e entidades públicas indiretas afins. Em relação a parte econômica, poderá ser feita como dedução fiscal no imposto de renda ou pela criação de um programa social de inclusão. Com as mesmas possibilidades de ensino, a ascensão social se tornará acessível e a segregação social tenderá a diminuir, deixando frases como "o pobre tem rosto", enfim, no passado.