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Enviada em: 29/06/2017

O livro "Estação Carandiru" do médico Dráuzio Varela, relata as experiências pessoais do autor em uma ação voluntária nos presídios da cidade de São Paulo, no tratamento da Aids de detentos. Além de retratar muitos aspectos - alguns até desconhecidos pela sociedade- da realidade carcerária brasileira. Nesse sentido, é notório que os sistema prisional do Brasil apresenta problemas que precisam ser resolvidos. Isso se evidencia não só na precariedade das instituições, mas também na falta de investimento na ressocialização dos indivíduos.       É fundamental pontuar, de início, as condições absurdas em que se encontram os presos. Tal fato é comprovado nos depoimentos verídicos de Dráuzio Varela, ao relatar que as estruturas atuais das celas são totalmente inadequadas a sobrevivência humana, haja vista que o saneamento  e as condições mínimas de sobrevivência inexistem nesses locais, onde insetos e ratos tomam conta de todas as partes. Consequente, a proliferação de doenças entre é constante, muitos casos resultando, até mesmo, em mortes. Desse modo, nota-se a importância de restabelecer novas medidas para erradicar esses impasses.       Além disso, o lugar que era para ser de reabilitação tem se tornado uma verdadeira escola de crimes. Prova disso, são as inúmeras rebeliões nos presídios do país, onde os presidiários se organizam e facções, estabelecem regras e comandam tudo que acontece no local. Ademais, nota-se o descumprimento do Artigo 5 da Declaração dos Direitos Humanos , que dita a proibição de quaisquer atos de tortura, entretanto na realidade isso não ocorro, tendo em vista que inúmeros indivíduos são submetidos pelas autoridades a tratamentos desumanos, tais como espancamentos e linchamentos. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de vítimas aumentou aproximadamente 20% desde a ultima década.        Fica claro, portanto a necessidade de reverter a crise do Sistema Prisional. Para isso, é preciso que a Receita Federal invista parte dos impostos arrecadados na reestruturação das instituições de detenção, garantido a qualidade mínima para vida, bem como uma boa higiene. Em consonância, cabe ao Ministério da Justiça intensificar e reforçar a organização dos presídios impondo a ordem, e a segurança sem ferir os direitos dos cidadãos, garantindo o controle e a função de ressocialização. Some-se a isso parcerias com Empresas que permitam  presos exercerem atividades voluntárias que melhorem a vida pública, e estimulem a mudança de comportamento, tendo assim os direitos efetivos. Por fim, que as soluções não passem apenas por ideias ou ideais e se concretizem.