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Enviada em: 29/06/2017

A justiça é cega       De acordo com Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Nesse sentido, é justo manter homens atrás das grades sem o mínimo de dignidade humana? Parece que não, pois a justiça também deve ser justa com os injustos, disponibilizando as condições necessárias para que paguem pelo delito que cometeram, em um ambiente digno e assim possam ser ressocializados.      O Brasil passa por uma preocupante crise no sistema prisional, o Estado não tem o controle pleno do sistema carcerário, visto que em 2017 presos de facções rivais se reuniram e causaram um verdadeiro massacre na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no Rio Grande do Norte, onde 26 detentos foram assassinados. a superlotação e as condições precárias das prisões levam o indivíduo recolhido a esses locais a sair pior que quando entrou. Tendo em vista que as necessidades básicas não são dispensadas a essas pessoas.        Além disso, a população carcerária do país só aumenta, em 2014 correspondia a 607 mil, dos quais 240 mil eram presos provisórios, o que reforça a política de encarceramento em massa da nação tupiniquim. Em contrapartida, países desenvolvidos como a Noruega estão fechando as suas penitenciárias por falta de presos. Nesse viés, fica claro que as diretrizes do sistema prisional são ineficazes e devem ser revistas.           Portanto, para diminuir a superlotação o Poder Judiciário deve dispensar penas mais brandas, como a prisão domiciliar para os presos provisórios que praticaram crimes de menor potencial ofensivo. Os Estados devem liberar recursos para a reforma das penitenciárias estaduais e a Secretaria de Segurança Pública deve criar políticas que implementem cursos profissionalizantes nas penitenciárias capacitando os detentos para que não voltem a delinquir.