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Enviada em: 30/06/2017

Com a criação dos direitos humanos a criminalidade, que outrora era punida com execuções e torturas, passa a ser tratada com um sistema de aprisionamento e tentativa de reinclusão social do detento. Todavia, atualmente, o sistema carcerário brasileiro se encontra em crise devido - entre outros fatores - a superlotação e ineficácia administrativa. Embora o Ministério da Justiça tenha adotado medidas intervencionistas, essas tornam-se ineficientes quando não atuam sob as raizes da problemática.     Três episódios de rebeliões em presídios ocorridos em 2017 foram o estopim para o decreto de crise do sistema pelo presidente Michel Temer. Segundo o portal "Câmara Notícias" o Brasil é hoje o quarto país com mais presos no mundo (607 mil). Soma-se à isso a falta de estrutura administrativa, evidente no fato de que 40% dos presos ainda não foram julgados. Infere-se, portanto, a necessidade de uma intervenção imediata do Estado visando a regularização da anomalia.     Haja vista da problemática em questão, o Ministério da Justiça anunciou a criação do Grupo Nacional de Intervenção Penitenciária objetivando conter situações de rebeliões nas penitências. Entretanto, sem uma ação conjunta com o Ministério da Educação essas medidas tornam-se ineficientes. "Eduquem as crianças e não será preciso punir o homem" é o que dizia a citação pitagórica - filosofo grego. Nesse aspecto, observa-se a posição do Brasil no ranking mundial da educação ocupando as ultimas posições. Destarte, conclui-se que sem um investimento no sistema educacional, onde se encontram as raizes da problemática, os números tendem a crescer intensificando a superlotação, e, consequentemente, tornando ineficaz qualquer ação do Ministério da Justiça.     É mister, portanto, que haja uma intervenção em ambos setores sociais para a erradicação da persistente anomalia. Cabe ao ministério da Educação em parceria com a mídia aprofundar a discussão sobre moral, ética e cidadania tanto em escolas, por meio de palestras e aulas especializadas, quanto em telejornais. Outrossim, o Poder Judiciário deve  otimizar o processo de julgamento dos crimes por meio de investimento de finanças públicas em tribunais de justiça. Quem sabe assim, a sociedade brasileira concretizará a citação pitagórica erradicando a crise penitenciária.