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Enviada em: 05/07/2017

As câmaras de gás veladas do século XXI    É difícil de respirar, sendo enlatados como sardinhas, empilhados em cubículos. A pena é dupla, já não há a tão preciosa liberdade e nem condições humanas para se viver.Essa é a realidade do sistema carcerário brasileiro.Como é possível que um ser humano, privado de todos os direitos básicos, poderia se regenerar perante uma população preconceituosa e Estado indiferente ?     Ao avaliar a origem da violência na sociedade brasileira por um prisma estritamente histórico , é sabido que a história nacional fora marcado por um regime escravista e subordinação de colonos aos interesses da aristocracia portuguesa.Em decorrência disso, muitas revoltas populares surgiram em protesto aos abusos do Governo.Entre as mais populares estão a Conjuração Baiana e Mineira, Revolta dos Farrapos e Guerra dos Canudos.Deste modo, a violência foi se tornando presente na sociedade brasileira.O tal "sangue quente" em combinação com a impunidade acarreta num grande índice de delitos, que continuam muito presentes na atualidade,que vão desde os crimes mais simples aos mais hediondos.    O descaso com a segurança civil, ocasionado pela crise policial, só tornou a situação ainda mais insustentável.O índice de violência só aumenta e as prisões não dão mais conta da demanda de presos.Há uma relação de 2,3 presos para 1 vaga. Não há como os detentos se sentirem impulsionados a mudar de vida se vivem em condições torturantes em um cubículo sem estrutura,se não há a separação de presos de baixa periculosidade com os de alta, fato que é o grande causador de brigas entre facções , gerando homicídios, e como se já não bastasse, há total descaso com a saúde em caso de doenças e possíveis gravidezes,além da exposição à violação sexual.Portanto, infelizmente, o esperado é que saiam ainda piores. Não é dado o devido suporte ao funcionários,que são diariamente expostos à violência,pois vivem em condições de trabalho precárias. Além de tudo, com relação à questão de empregos, o preconceito e falta de confiança à ex-presidiários é frequente. Basicamente,ex-detentos são excluídos socialmente,o que pode levá-los de volta á vida de crimes por falta de oportunidades.   Para atenuar o problema,uma reforma no sistema prisional brasileiro é necessária pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).Presos devem ser separados pelo grau de periculosidade, diminuindo a formação de facções, além do investimento do Estado para criar unidades penitenciárias menores e mais próximas das comunidades com o qual os detentos tenham laços.Ao final da pena,eles devem ser encaminhados para empresas conveniadas ao Governo,para a realocação no  mercado de trabalho.