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Enviada em: 03/07/2017

As chacinas ocorridas em Roraima e Amazonas evidenciam a atual crise do sistema carcerário brasileiro. Este apresenta superlotação das celas e péssimas condições de higiene, sendo visto como uma forma de tortura.    Deste modo, a situação dos presídios deve ser revista e medidas, tomadas para que seus efeitos sejam resolvidos. Em primeiro instante, é necessário entender que, presos também são seres humanos e que, dessa forma, devem ter seus direitos garantidos. Porém, a má infraestrutura, como a superlotação as celas, falta de higiene e saúde precária, fazem com que os detentos firmem uma luta constante pela sobrevivência. Além disso, esses fatores prejudicam a reintegração do indivíduo na sociedade, provocando seu retorno ao crime ou a busca por trabalhos informais.    Fora isso, outro problema existente é a negligência em relação às condições higiênicas do público feminino. O livro “Presos que Menstruam”, de Nara Queiroz, retrata essas dificuldades vividas pelas presas brasileiras, que são tratadas como homens por não possuírem os cuidados íntimos necessários. Dessa forma, em alguns cárceres, as presidiárias sofrem, diariamente, com a escassez de acompanhamento ginecológico e a insuficiência de absorvente, este sendo substituído, muitas vezes, por miolo de pão para conter o sangramento da menstruação.    Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver esse impasse. Primeiramente, o Governo Federal, deve investir na extensão ou criação de novas cadeias, com o objetivo de solucionar a superlotação. Ademais, equipes médicas devem ser disponibilizadas, uma vez que o acesso à saúde é um direito universal. Outrossim, com a ajuda de ONGs, atividades esportivas, tais como partidas de futebol e gincanas, devem ser realizadas, para promover uma oportunidade de reinserção social. Por fim, o Ministério das Comunicações deve realizar campanhas midiáticas que incentivem a doação de objetos e kits de higiene pessoal, principalmente para as mulheres. Dessa maneira, garantiríamos que os detentos não fossem tratados de forma desumana.