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Enviada em: 02/11/2017

No Brasil atual, entre os grandes problemas que devem ser enfrentados, estão as deficiências do sistema carcerário. Sabemos que a população carcerária em nosso país é composta majoritariamente pelas camadas mais baixas da sociedade, e isso tende a crescer cada vez mais. Também é de nosso conhecimento que o governo tem falhado quanto à manutenção do sistema prisional, deixando lacunas que organizações criminosas utilizam para agir dentro dos presídios. Este panorama nos faz perceber dois aspectos importantes da situação, primeiro, as pessoas que se encontram em detenção, já estavam à margem da sociedade antes mesmo de começarem a cometer seus delitos; segundo, a administração desse sistema não trabalha com a ideia de ressocialização dos indivíduos.   Sobre o primeiro aspecto, podemos afirmar que, devido à situação degradante a que são submetidas, muitas dessas pessoas são levadas a acreditar que não possuem outra opção, a não ser o crime, para  trazer sustento a seus lares.   Por outro lado, os que já estão em detenção vivem sem esperança de que quando estiverem em liberdade poderão construir suas vidas sem que para isso precisem agir de forma criminosa. Na verdade, levando em consideração o fato de que estarão desamparados pelo Estado e sofrerão preconceito constante da sociedade, muitos já se conformaram com o fato de serem "acolhidos" apenas por organizações criminosas.   Concluímos, portanto, que os problemas do sistema carcerário existem pois vivemos em uma sociedade desigual e excludente. Para resolver esta questão, é necessário que o governo ponha em prática políticas que possibilitem que os mais pobres tenham acesso aos direitos básicos de todo cidadão, agindo também dentro dos presídios. Isso fará com que menos pessoas busquem o crime como solução para suas necessidades. Também é necessário que ONGs que trabalham com inclusão social, promovam ações que objetivem a integração de detentos à vida em sociedade, através  da criação de polos de qualificação profissional.