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Enviada em: 07/07/2017

Na obra  " Memórias do Cárcere", o autor Graciliano Ramos - preso durante o regine do Estado Novo relata os maus tratos, as péssimas condições de higiene  vivenciadas na rotina carcerária. Hoje, ainda que não vivamos em um período opressor, o sistema carcerário é visto como símbolo de tortura. Desse modo, é preciso rever os conceitos nefastos na atualidade para solucionar o problema.    Primeiramente, a má infraestrutura das cadeias fazem com que detentos lutem pela sobrevivência dia após dia. Mesmo que estes vivam em regime fechado,  a superlotação e falta de água potável rompe à integridade humana, visto que o homem é posto à  precariedade. Além disso, tal situação rompe o conceito Determinista do século XIX, que afirmava que o homem é produto do meio que vive. Porém, se esse olhar não for combatido ao final da pena, o indivíduo terá dificuldade de se reintegrar na sociedade e tende a viver do trabalho informal e em muitos casos, voltar ao crime.   Outro problema vigente  é a negligência às condições do público feminino. A jornalista Nana Queiroz, lança seu livro " Presos que menstruam", retratando a falta de atenção com as mulheres: carência em acompanhamento médico-ginecológico e falta de produtos íntimos como o absorvente. Como se não bastasse, há mulheres que não têm o seu devido acompanhamento na gravidez, como o pré-natal.     Portanto, maneira como indivíduos são tratados ferem os direitos humanos e, por isso, se faz necessário mudanças urgentes. Logo, o governo deve investir na extensão de cadeias para solucionar a superlotação e como ajuda paliativa, usar caminhões pipas para sanar a carência de água. Ademais, atividades dinâmicas como reintegração dessas pessoas na sociedade será um caminho virtuoso para socialização desses indivíduos. O acesso à saúde pública é um direito universal, assim é preciso ter uma fiscalização severa desses profissionais nesses locais para todos terem direito a esses serviços. Ações assim, caminhará para um melhor sistema.