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Enviada em: 07/07/2017

Do Circo para o Mundo Real       Logo no primeiro mês, o ano de 2017 registrou três revoltas em presídios do Norte do país, em razão do acirramento de brigas entre facções rivais. Nesse sentido, os eventos deixam claro que há, nos presídios brasileiros, uma evidente crise nos espaços de alocação dos prisioneiros. Isso emerge, portanto, identificar-se não somente as causas como, ainda, as soluções para tal cenário.       Assim como nas cenas pelas quais passou Graciliano Ramos --de amargos acontecimentos- que o levaram a escrever “Memórias do Cárcere”, observa-se, diariamente, cenários de forte turbulência, na nação, política e socialmente. Segundo a “Modernidade Líquida”, de Zygmunt Bauman, na sociedade contemporânea, sobressaem-se o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações. No contexto de caos nos presídios do Brasil, isso ocorre a partir do momento em que grupos organizados não se sustêm com o que recebem de auxílio e querem voltar à vida que levavam soltos. Incontrolavelmente, entre si, reúnem-se, e a penitenciária, muitas vezes sem as proteções necessárias, se reduz a um mero circo no qual os presos são os que –saídos- se voltam à cartola.        Como segunda análise, têm-se necessidades quanto às maneiras de minimizar a questão. Em um primeiro lado, confere à esfera federal pôr em prática o Plano Nacional de Segurança Pública formulado neste ano, com expansão a todos os estados do país. Com isso, deve-se buscar a garantia da modernização do sistema penitenciário. Outrossim, uma pesquisa divulgada pelo Depen –Departamento Penitenciário Nacional- informou que o Brasil é o quarto país do mundo em maior número de presos. Diante disso, confirma-se como necessário não apenas informar educativamente nas escolas e com outdoors mas também reformular as políticas para punição e prisão, que, em muitos casos, valida todo o histórico maus altos do acusado, e não uma preparação para o futuro deste enquanto cidadão.        Nesse sentido, portanto, urge apontar os principais meios de associação os quais atenuem essa iminente crise. A ONGs e os governos estaduais e federal- a implementação a curto prazo do Depen, em consonância com a realocação das pessoas em salas muito cheias. Nas mídias, cabe a discussão, por meio de “talk shows” e afins, de como se pode tratar desses indivíduos, de uma maneira a, conjuntamente, melhor incluí-los no tecido social brasileiro. Por fim, vigora pertinente a criação de uma ouvidoria que analise os casos de presos menos graves, com o fim de regular as sela com a quantidade permitida. Assim, poder-se-á seguir o conceito atribuído a Platão e viver bem, não como em um circo, mas seguindo o próprio curso vida