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Enviada em: 22/07/2017

Todos sabem que existe uma enorme crise no sistema carcerário brasileiro, a qual é a principal causa de outros problemas como o aumento da violência. Entretanto, poucos sabem que, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade no Sistema da Saúde, o número  de homicídios registrados em três semanas de 2015 no Brasil, estimado em 3,4 mil pessoas, superou a totalidade de mortes causadas por todos os atentados terroristas que ocorreram no mundo nos cinco primeiros meses de 2017, a qual foi de 3314 pessoas. Sendo assim, essa pesquisa já torna-se mais do que suficiente para compreender a real gravidade da situação e que esse problema deve ser resolvido o mais rápido possível.   De fato, além de, atualmente, as vagas nos presídios serem insuficientes para todos os delinquentes, os quais ficam soltos nas ruas, os que finalmente são encarcerados, tornam-se piores do que quando entraram, devido também a essa crise: quanto mais superlotada uma cadeia estiver, mais difícil fica para os agentes carcerários controlar os presos. Eles, então, elegem os seus próprios líderes, os quais passam a comandar o local formando gangues rivais que sempre brigam violentamente entre si, muitas vezes resultando em mortes. Criam, também, as suas próprias leis, regras e punições severas para quem as descumprir. E, como se não bastasse, o Estado não tem mais condições de satisfazer as necessidades humanas básicas, como fornecer alimentação suficiente e materiais para higiene.     Apesar disso, grande parte da população não se importa com isso: acha que os criminosos realmente precisam sofrer para pagar pelos seus erros. Contudo, esquece-se de um "pequeno" detalhe: mais cedo ou mais tarde, todos os condenados serão soltos, e estarão ainda mais perversos do que quando entraram, sem possibilidade de recuperação e capazes de cometer crimes ainda mais hediondos. Além disso,os detentos podem continuar planejando crimes para cometer fora do presídio com o uso de celulares, devido à liberdade que têm dentro do local. É exatamente desse jeito que forma-se um ciclo interminável de ódio e violência, no qual todos estamos sendo envolvidos e prejudicados.   Devido à grave crise que o nosso país enfrenta nesse momento, seria extremamente difícil o Estado resolver esse problema sozinho. Deve haver, portanto,  uma co-gestão do Estado com a iniciativa privada, ou seja, enquanto o Estado continuará   sendo responsável pela função jurisdicional como determinar as penas, o administrador ficará responsável pelos serviços da unidade prisional, como com a construção do presídio,alimentação,vestimenta,etc..O preso,então, não correrá o risco de ser explorado pela empresa, que para ganhar lucro, deverá garantir um bom ambiente de trabalho para ele,assim como todos os seus direitos e, a cima de tudo, capacitá-lo para o mercado de trabalho. Com dinheiro suficiente, o administrador garantirá, também, o controle sobre os carcerários e a segurança dos presídios.