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Enviada em: 09/07/2017

O caso do ambulante paulista Wilson da Rosa o qual foi preso injustamente,durante 30 dias,sem julgamento,por ser confundido como suspeito de um roubo,apenas reafirma um dos problemas do sistema carcerário do país.Nesse sentido a reflexão dessa problemática torna-se necessária para a busca de soluções concretas e objetivas.         Em primeiro lugar,é relevante destacar os números alarmantes de pressos provisórios no Brasil e o que isso ocasiona.Segundo o Infopen,Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias,havia,em  2014,mais de 220 mil pessoas na espera de um julgamento,além disso tem-se a falta de separação desses detentos,entre provisórios e sentenciados.A união desses fatores pode dificultar o principal meio para diminuição da criminalidade:a ressocialização.       A implantação,em São Paulo,de audiências de custódia,em que o juiz analisa a possibilidade de revogação ou manutenção de prisões em flagrante,seria uma boa solução para aquela problemática,porém esbarra em outro contratempo.Aqueles mesmos dados revelam,que apenas 20 presídios contam com assistência jurídica, e segundo o IBGE,Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, faltam mais de 10 mil Defensores Públicos no país inteiro.Esse déficit torna a implantação daquele sistema dificultoso e também mostra o não cumprimento da plenitude de defesa,direito assegurado na Constituição Federal.         Torna-se Evidente,portanto, que há uma complexidade de fatores que somados transformam  o sistema carcerário em falho e ineficaz.Para que isso tenha um fim,uma melhor parceria entre União e Estados Federativos deve ser estabelecida tanto para criação de um sistema de triagem adequado e humano como também a realização de concursos público,com menores intervalos de tempo,para suprir aquele déficit.Talvez assim casos semelhantes como o de Wilson da Rosa fiquem marcados apenas no passado.