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Enviada em: 08/10/2017

Não há dúvidas de que as populares "cadeias" são necessárias à sociedade. Elas devem atuar como locais onde aqueles que desrespeitam as leis, que são essenciais para o bom convívio em grupo, sejam punidos e, principalmente, ressocializados e inseridos novamente ao mundo fora das grades.       Entretanto, no Brasil, o sistema carcerário encontra-se em situação falimentar: superlotado, ineficiente e, o pior, não regenera as pessoas que estão lá e que, posteriormente, serão libertadas.             O efeito colateral desse quadro é o fato de, atualmente, as prisões servirem de "escolas" para grupos criminosos organizados, cooptando detentos e "ensinando" o crime, como demonstram as recorrentes rebeliões e os genocídios nos presídios brasileiros, tais como o ocorrido no Amazonas, em janeiro de 2017, em que uma centena de presos foram mortos, fatos amplamente divulgados na imprensa.       A reversão dessa situação passa, primeiramente, pelo julgamento dos 41% de detentos sem condenação, dados de 2014, segundo o Ministério da Justiça, o que evitaria pessoas presas injustamente postas ao domínio de verdadeiros criminosos e diminuiria o número de encarcerados.        Também se faz necessário capacitar o preso, pois assim ele pode obter um trabalho digno quando posto em liberdade, reduzindo as chances de ser mais um pertencente a facções criminosas, assim, enfraquecendo-as.       Além disso, a sociedade pode participar do processo de ressocialização de ex-presidiários através de empresas que os contratem, ofertando uma possibilidade de emprego. Organizações Não Governamentais (ONGs) podem agir como instrumentos de aproximação entre os ex-detentos e a sociedade como um todo, dirimindo preconceitos. Com isso, ganha o país com um sistema carcerário mais eficiente e ganha aqueles que necessitam de uma segunda chance de vida em liberdade.