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Enviada em: 16/07/2017

Brasil, Um País de Todos?            Na contemporaneidade brasileira, assistimos ao precário sistema penitenciário que persiste, uma vez que, os presídios não cumprem seu principal objetivo; e a dignidade humana é ferida diariamente. Dessa forma, é imperioso refletirmos sobre essa realidade e buscarmos intervenções para aplacarmos tal mazela.              Nessa perspectiva, é válido pensarmos em algumas causas dessa precariedade, entre elas, a insalubridade, a superlotação e o descaso do Estado. Nesse sentido, nota-se que o cárcere não cumpre com o seu real objetivo que a reabilitação no detendo e não o seu castigo. Sem dúvida, a reincidência é inversamente proporcional ao número de reabilitados,constatando assim, que o sistema é falho em reinserir o detendo na sociedade. Tais aspectos são observados no filme "Carandiru", que apesar de antigo mostra a realidade atual. Logo, é notório o retrocesso humano em relação a essa problemática.             Acresce-se a isso, a falta dos direitos e da dignidade humana que acabam nutrindo a incidência de revoltas. Isso ocorre porque o abuso de autoridade entrelaçada à mistura de presos influenciam na violência e no crime organizado dentro das cadeias. Desse modo, no livro "Vigiar e Punir", de Foucault já falava sobre a divisão de detentos considerando a gravidade do delito para que não houvesse os problemas enfrentados recentemente. Assim, as medidas para combater a crise no sistema penitenciário devem ser ágeis e eficazes.              Percebe-se, portanto, que o papel que a prisão exerce e a ausência do cumprimento dos Direitos Humanos são uma resistência para a solução da problemática. É necessário que o Estado atenda a demanda para suprir tantas lacunas, com reformas estruturais e comportamentais, melhorando o ambiente em que eles estão inseridos e procurando terminar com a ociosidade do preso. Além disso, a sociedade civil deve recebe-los e inseri-los na sociedade. Assim, o Brasil obterá êxito em acabar com a problemática.