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Enviada em: 18/07/2017

Piper Chapman, protagonista da série Orange is the New Black, ficou chocada ao ter que encarar as prisões dos Estados Unidos, certamente ela não conseguiria viver nas penitenciárias brasileiras, superlotadas, com péssimas condições de higiene e um sistema burocrático que dificulta na resolução dessa realidade. No livro Presos que Menstruam, de Nana Queiroz, relata as dificuldades das detentas nas penitenciárias do Brasil, com bebês que dormem no chão e a total falta de higiene pessoal. Essa realidade é corriqueira nas prisões do país, visto que a superlotação impedem que os presos vivam dignamente. E quando libertos voltam para a criminalidade, tendo em vista que não foram ressocializados, ao contrário, foram apenas jogados em uma cela qualquer. Ademais, convém frisar que o sistema burocrático do país contribui para essa triste realidade, haja vista que 40% dos presos não foram sequer julgados, uma vez que a quantidade de defensores públicos é ineficiente para a grande demanda. E assim, essa situação degradante vai perpetuando-se, pois conforme a primeira Lei de Newton elucida um corpo permanece como está, com isso é necessário que se aplique uma força para que ele saia da inércia, da mesma maneira é preciso medidas para resolver esse impasse. É fundamental, portanto, que o Ministério da Justiça disponibilize um maior número de defensores públicos para que haja agilidade nos processos para que não seja necessário decretar a prisão de inocentes. Além disso, as ONGs devem promover campanhas em parceira com as mídias com o fito de mostrar a população que a prisão não a melhor a alternativa, como a que foi produzida pela Rede Justiça Criminal que através de um vídeo em 360 graus mostra como vivem os presos na superlotação, conscientizando a sociedade para a busca de novas soluções para a violência.