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Enviada em: 19/07/2017

Não é de hoje que se ouve o quão precária é a situação carcerária no Brasil. Além da superlotação, a falta de higiene e o excesso de violência que ocorre nas selas, ainda há demora na agilização dos processos judiciários para os julgamentos dos presos por causa da falta de defensores públicos.    A população carcerária brasileira aumentou significativamente nos últimos 14 anos e continua crescendo. Isto se dá porque criou-se a mentalidade de que o encarceramento diminui a violência, mas é notório que não é isso que acontece e não é feito nada a respeito."Banalizamos o uso de prisões" disse Valdirene Daufemback, diretora da Depen.     A ausência de cuidados e higiene nas selas e o excesso de violência entre os presos é consequência da superlotação. Sem a devida limpeza e manutenção nos presídios faz com que a situação dos presos seja deplorável e humilhante, acarretando revoltas, doenças, mortes. Isso sem falar dos assassinatos que ocorrem nessas mesmas penitenciárias lotadas por razão de conflitos de diferentes facções no mesmo ambiente.   Além disso, também é levantado o problema da demora para o julgamentos de 222 mil pessoas que foram presas sem uma condenação. É explicado que isto ocorre porque não há defensores públicos o bastante para suprir a necessidade de todos os réus encarcerados, ou seja, dos 600 mil presos no Brasil, 40% são presos provisórios.     Com base nos argumentos apresentados, é perceptível que ações urgentes devem ser tomadas a começar por criação de penas alternativas, ressocialização nos presídios para reinserir-los na sociedade e mais penitenciárias com assistência jurídica.Tudo isso feito para melhorar a organização e possibilitar a diminuição da violência.