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Enviada em: 03/08/2017

Especialmente após o massacre do carandiru, na década de 90, a crise do sistema carcerário brasileiro virou alvo de calorosos debates. Dentre outros fatores, a superlotação, os maus tratos e o baixo potencial de ressocialização dos presos fazem com que essa realidade represente uma celeuma à efetivação dos direitos no Brasil.   O Brasil é o 4° maior país com população carcerária do mundo, tendo como reflexo a superlotação nos presídios. Um dos grandes problemas dos presídios cheios são os aumentos das tensões, elevando a violência entre os presos e a rivalidade das facções criminais, como as rebeliões que ocorreram recentemente no Rio Grande do Norte e no Amazonas. Quanto mais presos maior a dificuldade do Estado controlar internamente esse espaço. Além da lotação carcerária, outro fator pertinente são os maus tratos e a precariedade que os presos são submetidos como celas sujas, falta de material higiênico, e em casos ainda mais graves à tortura.    O baixo potencial de ressocialização dos presos é preocupante, pois aumenta a taxa de reincidência. Ressocializar é dar ao preso o suporte necessário para reintegrá-lo a sociedade, é buscar compreender os motivos que o levaram a praticar tais delitos, é dar a ele uma chance de mudar, de ter um futuro melhor. Quando o Estado ressocializa o preso, diminui a superlotação e os altos índices de criminalidade.   Diante disso, uma forma de diminuir a superlotação dos presídios brasileiro é o Estado aplicar mais penas alternativas,  como prestação de serviços a comunidade, limitações de fins de semana, entre outros. Também a realização de concursos públicos para a contratação de defensores já que 40% desses presos ainda não foram jugados. Além de proporcionar a esse preso condições dignas de higiene e alimentação. O Estado deve ressocializar esse preso com trabalho prisional e educação. E a sociedade reinserir eles no convívio social, mercado de trabalho, instituição de ensino por exemplo, já que devido ao preconceito, os ex-presidiário muitas vezes acabam sendo excluídos da sociedade.