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Enviada em: 24/07/2017

A famosa série Norte Americana, Prision Break, mostra a realidade das prisões: a superlotação e o descaso com os direitos humanos, e como os presos são tratados durante o cumprimento da sentença. Fora das telas, a realidade Brasileira não está muito longe do retratado na série. Sendo assim, problemas que desafiam o sistema carcerário devem ser analisados, apontando-se os efeitos de uma ruim administração e um crescimento exponencial dos presidiários.                      Em primeiro lugar, deve-se olhar para a superlotação que preocupa mais a cada ano. Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de presos, é que cresceu em cerca de 500 mil em menos de 30 anos. Desse modo, com as cadeias lotadas fica mais difícil manter a ordem e assegurar que os direitos humanos sejam atendidos, tornando a administração mais complicada e muitas vezes falha.                        Porquanto, a falta de assistência jurídica e privação de um programa que reincere o preso na sociedade, reflete em uma má gestão do sistema. De acordo com a OAB (Ordem Dos Advogado Do Brasil) , cerca de 200 mil pessoas estão aguardando julgamento presas, como também cerca de 30% estão presos por pequenos delitos e não participam de serviços comunitários. Dessa forma, por serem vistos como a "ovelha negra" da sociedade, os presos não conseguem se encaixar de novo no circulo social, retornando à vida de crimes.                       Fica claro, portanto, que o sistema prisional brasileiro passa por uma crise, refletindo, assim, os problemas citados. Desse modo, ações conjuntivas entre a Segurança Pública, Ministério da Justiça e a OAB, devem fazer uma revisão do sistema penal, criando penas alternativas para pequenos delitos, como o serviço comunitário interno e externo da prisão, além disso, devem agilizar o processo de julgamento, desafogar do as prisões, o que já reflete a curto prazo em uma melhora na gestão. Ademais, a sociedade como um todo deve dar uma segunda chance para aqueles que já cumpriram sua pena, ensinando, ajudando e inserindo no mercado de trabalho, pois como disse Martin Luther King: "toda hora é hora de fazer o que é certo".