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Enviada em: 25/07/2017

Na obra ''Longa caminhada até a liberdade'', o autor Nelson Mandela, relata também os maus tratos e a falta de humanidade vivenciada na rotina carcerária. Hoje, ainda que não vivemos mais em um período opressor, o sistema prisional brasileiro continua sendo visto como um símbolo de tortura. Desse modo, rever a situação a qual os penitenciários estão submetidos é indispensável para avaliar seus efeitos na sociedade, seja a má infraestrutura, seja a negligencia à saúde dos presidiários.    Em primeiro lugar, não é uma falácia ressaltar a péssima estrutura na maioria das cadeias, o que faz com que os presos firmem uma luta diária para a sobrevivência. Dessa forma, a superlotação e a deterioração das celas e, até, a falta de água potável provam a falta de subsídio à integridade humana, visto que os indivíduos são postos à margem do descaso. Ademais, tais condições tornam-se favoráveis para o aumento da violência nas cidades, pois muitas pessoas terão dificuldades para se reintegrar na sociedade, o que facilita a volta para o crime.   Soma-se a isso, também, a negligência às condições higiênicas ao público feminino. A jornalista Nana Queiroz- autora do livro ''Presos que menstruam''- retratou a realidade de detentas que sofrem com o tratamento de exclusão aos cuidados íntimos da mulher, como a falta de absorventes, em algumas prisões, e ausência de acompanhamento  ginecológico. Esses aspectos revelam a falta de políticas públicas que prezem pela saúde feminina e tampouco o auxílio médico na maioria dos sistema carcerários.     A maneira em que os indivíduos são tratados nas prisões fere os direitos humanos e, por isso, mudanças fazem-se necessárias. Portanto, o Estado, deve garantir o acesso à saúde pública, uma vez que é um direito universal, a partir de equipes médicas que façam acompanhamentos entre os detentos oferecendo todos os suportes adequados à saúde. O Governo deve também, como solução paliativa, usar caminhões pipas para suprir a carência de água potável, além de reformas nas celas, o que garante que as condições dos detentos não fossem enfrentadas de forma desumana.