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Enviada em: 25/07/2017

"Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade." O pensador Aristóteles em sua época já problematizava a equidade entre as pessoas, propondo um tratamento mais igualitário e consequentemente mais justo. A crise penitenciária que o Brasil está imerso retrata com clareza a falta de planejamento e estrutura do sistema carcerário e seus complementos que afetam diretamente a população.       Sem nenhuma perspectiva de futuro, os detentos acabam se entregando definitivamente ao crime. Com a formação de facções criminosas, grupos externos e rebeliões, a vida na cadeia tornou-se uma questão de sobrevivência, na qual aqueles que não compactuam com tal situação são punidos e até mesmo mortos. Atrelado a isso, a superlotação dos presídios atinge todo o país, corroborando para aumentar ainda mais a marginalização.       Convém destacar, também, que a carência de profissionais para executar as leis acaba elevando o número de detentos nas celas, uma vez que muitos aguardam a sentença nos presídios. No Brasil a população carcerária aumenta a cada ano, dificultando o controle e a manutenção das instituições, que por muitas vezes não oferecem o mínimo necessário para a sobrevivência dos presos.       Sendo assim, o Brasil precisa repensar os valores de sociedade a caráter emergencial.  Garantir a reinserção de ex-detentos no mercado de trabalho é vital para a economia do país. Desse modo, programas governamentais voltados para a reeducação e o convívio em sociedade deverão ser amplamente introduzidos e praticados nas penitenciárias, bem um trabalho de desmistificação de esteriótipos a fim de mitigar o preconceito e a negligência da sociedade. Promover a equidade entre as pessoas não deve ser apenas uma utopia e sim uma realidade.