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Enviada em: 26/07/2017

No início de 2017, a população brasileira assistiu a um massacre transmitido por meio dos noticiários. A disputa entre facções rivais resultou na morte de dezenas de detentos dentro dos presídios, o que mais gera indagação é saber que tanto vítimas quanto executores estavam sob a guarda do estado. Mesmo sendo de conhecimento das autoridades, a existência facções criminosas tem se desenvolvido de forma indômita frente a letárgica postura do governo. Como se não bastasse, existem pessoas que já deveriam estar em liberdade, mas não estão.       No Brasil, a pena máxima prevista em lei é de trinta anos. Entretanto, há casos de detentos que são "esquecidos" dentro da cadeia pelo judiciário. E alguns inquéritos nem chegam a condenar um indivíduo. Em uma analogia superficial é como dizer que alguém paga por aquilo que não foi cobrado.  O resultado é uma superlotação desnecessária de presídios.        Presídio, ao contrário do que é pensado, não tem o intuito de punir, mas de ressocializar. Isso é tudo o que não acontece. O sistema prisional brasileiro não é eficaz no processo de ressocialização. As condições  precárias e de desumanas, a presença de facções criminosas dentro e fora das penitenciárias e o preconceito da sociedade atrapalham a ressocialização de qualquer detento.        O Brasil sofre com um excesso de leis que promove uma diminuição da eficiência, causando um aumento no tempo necessário para o desenvolvimento de processos na esfera jurídica. O descaso com a população carcerária brasileira revela o abismo que deve ser preenchido pelo estado. É necessário uma política nacional de ressocialização visando a reintegração do preso na sociedade, promovendo e estimulando a entrada no mercado de trabalho e em instituições de ensino. Além disso, levando em conta o que foi retratado, é preciso que ocorra uma força tarefa das comarcas para acelerar o julgamento dos presos "esquecidos" a fim de que possam "pagar" pelo que fizeram.