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Enviada em: 04/08/2017

Em meados do século XVI as prisões eram destinadas à escravos e prisioneiros à espera de julgamento ou tortura. Atualmente, seu objetivo é isolar e recuperar quem cometeu uma infração. Contudo, os presídios brasileiros não cumprem a teoria, entregando encarcerados ao descaso em cadeias superlotadas e sem estrutura.    Um dos principais motivos para a série de revoltas que eclodiram em 2017 no Brasil, que relembraram a Revolta e o Massacre do Carandiru,é a superlotação. Quase metade da população carcerária no país é composta por presos provisórios, que podem esperar por um julgamento por muito tempo, já que há uma grande burocracia por parte do sistema judiciário, que acaba por atrasar os julgamentos . Além disso o contato com presos já condenados pode levar detentos com infrações mais leves a conhecer facções, tornando o presídio uma verdadeira "escola" para o crime.     Outro fator que motivou as rebeliões foi a falta de estrutura. Alguns dos problemas que os infratores passam é: falta de higiene adequada, permanência em celas lotadas e pouca ou nenhuma assistência médica, que aumenta  índice de transmissão de doenças, principalmente da AIDS, . Ademais, a falta de cuidado com as presidiárias faz com que muitas mulheres usem itens básicos, como absorventes e sabonetes, tal qual moeda de troca dentro da cadeia, como mostra o livro "mulheres que sangram", lançado em 2014.           Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse.Seguindo o pensamento de Aristóteles que nos mostra que a base da sociedade é a justiça e tendo em vista que 40% dos pesos são provisórios, o Sistema judiciário deve reduzir a burocracia envolvida nos julgamentos dos réus por meio  do aumento da quantidade de juízes e defensores públicos. Outrossim uma parcela dos impostos destinados à Receita Federal deve ser investido na construção de novos presídios e, em parceria com o Ministério das Comunicações, lançar campanhas midiáticas que busquem incentivar doações de itens de higiene pessoal para os detentos.