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Enviada em: 06/08/2017

Superlotação. Maus tratos. Péssimas condições. Infelizmente, essas são algumas características presenciadas no sistema carcerário brasileiro. Por isso, é necessário analisar as consequências desse sistema prisional que deveria ser um instrumento correcional, entretanto, passou a ser uma escola de aperfeiçoamento do crime.          Primeiramente, é necessário ressaltar as dificuldades enfrentadas nas prisões diariamente. Uma delas é causada pela falta de higiene, que exerce condições negativas à saúde dos presos. As deficiências de alojamento e a péssima alimentação acaba influenciando no desenvolvimento de doenças como a anemia e a tuberculose. Além disso, dentro desses locais não há tratamento médico-hospitalar,e para serem removidos até aos hospitais, os presos dependem de escolta, a qual na maioria das vezes é demorada, pois depende de disponibilidade. Logo, o que acaba ocorrendo é uma dupla penalidade: a pena de prisão e as dificuldades que eles precisam enfrentar diariamente durante o cárcere.          Por sua vez, vale ressaltar os obstáculos enfrentados pelos detentos após adquirirem liberdade. O principal deles é para ingressar no mercado de trabalho, pois além de ser ex-detento, não possui ensino fundamental completo e nem experiência profissional, sendo impossível serem admitidos em algum emprego.Logo, esse conjunto de fatores dificulta a necessária e humanitária reinserção do detento ao convívio social auxiliando de forma direta no aumento da criminalidade.        Portanto, cabe ao poder público investir em medidas ressocializadoras, através de palestras ou trabalhos comunitários, para inserir de maneira humanitária esses indivíduos de volta à sociedade. A mídia, por sua vez, tem o papel de mudar a mentalidade das pessoas, para que elas possam entender que isso também é uma forma punitiva. O Governo Federal deve investir nesses locais fornecendo condições favoráveis para a vivência desses indivíduos durante o cárcere.