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Enviada em: 01/08/2017

O caos no sistema penitenciário brasileiro promove polêmica acerca de qual política criminal o país deve adotar para converter esse cenário, devemos prender menos ou erigir mais prisões? O Brasil possui uma das maiores populações carcerárias do mundo, que nos leva a indagar o que tem desencadeado nossa atual situação.        Afirma-se que a legislação penal é muito branda, existem diversas medidas cautelares que não têm apresentado eficácia no combate à criminalidade, o que possibilita a sensação de impunidade, cresce o crime, desfalca a educação, que na qual se torna cada vez mais escassa. Dados analisados mostram 53% dos presos possuem ensino fundamental incompleto e 56% tem entre 18 e 29 anos, uma massa considerável que nos trás reflexão sobre esse quadro. A falta de ensino nos presídios é mais uma evidência das condições desfavoráveis das prisões do Brasil, que acumulam problemas como superlotação e até tortura, além disso, por falta de medidas socioeducativas, muitos dos detentos voltam a praticar o crime, segundo estatísticas oficiais, no Brasil, 70% dos que deixam a prisão acabam cometendo crimes novamente.      Atualmente  em uma penitenciária em Manaus, 56 pessoas foram executadas, decapitadas e queimadas, o local tem capacidade para 450 detentos, mas abriga, atualmente, 1.147 internos, uma problemática que gira em torno da ausência de melhora na estrutura prisional, o que era pra ser uma punição torna-se  cada vez mais uma industria de facínoras. "Ninguém conhece realmente uma nação até estar atrás das grades. Uma nação não deve ser julgada como trata seus melhores cidadãos, e sim, como trata os piores", Nelson Mandela, trás essa reflexão para que se dê importância, na forma que na qual é tratada essa deficiência no sistema penitenciário.        Sendo assim, precisamos reconhecer que até os presos tem seus direitos, não se deve trata-los de forma desumana, não ignorando a necessidade da constituição ser mais severa, tornando sempre claro que o nosso País tem sua tolerância, fazendo assim com que o crime não seja algo corriqueiro. Infelizmente 40% dos presos ainda nem foram julgados, a prisão preventiva deveria ser algo de uso excepcional e não uma regra, pois sabe-se também que muita das vezes o uso dessa repressão existe sem ao menos o mesmo ter cometido tal crime, com isso, deve-se ter mais cautela ao sentenciar alguém. Trazer a necessidade da educação como uma forma de prevenir futuros infratores, com ONGs e instituições em zonas que mais são desprivilegiadas. Por isso, a reintegração deve ser feita desde o presidio, sendo ela, moral, psicológica e educacional, para que ele de fato possa ser reintegrado na sociedade. " Quem abre uma escola fecha uma prisão" Victor Marie Hugo