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Enviada em: 01/08/2017

A crise carcerária brasileira é um dos maiores problemas do país nessa década. Os encarcerados, como explicitado pela mídia diversas vezes, crescem mais em número que a população brasileira, em termos relativos. Os recentes governos se mostraram ineficientes para findar esse problema o que fica claro com os presídios lotados e um sistema que deveria reintegrar a sociedade o preso, na verdade, de acordo com o doutor Drauzio Varella que trabalhou em presídios para pesquisa, atua formando o detento para a vida criminosa, como se o presídio especializasse o preso para a vida no crime.             Um agravante para essa crise é a situação econômica brasileira atual, que impede qualquer investimento, afinal o governo enfrenta um déficit, além disso, os salários dos funcionários públicos ligados à atuação da justiça são exorbitantes, o que torna a justiça brasileira cara e ineficiente, pelo baixo número desses funcionários, em relação a demanda. Um exemplo é o salário ofertada pela justiça estadual do Espírito Santo para juiz temporário, que beirava em 2016 26 mil reais mensais, segundo a própria justiça estadual desse estado. Fruto dessa ineficiência é a demora do julgamento de vários cidadãos, muitos honestos, que se encontram encarcerados o que aumenta os custos governamentais e provoca o sofrimento de muitos brasileiros que são inocentes e aguardam encarcerados o julgamento.       Além desse fato o que agrava o problema, é o Brasil ser um dos países mais desiguais do mundo, segundo o Índice de Gini que mede o nível de desigualdade da distribuição de renda divulgado pelo Banco Mundial anualmente. A desigualdade social é um dos maiores combustíveis para o aumento da criminalidade, basta observar que os países mais desiguais tem as maiores taxas de violência.       Para resolver esses problemas não há soluções simples, mas com medidas fortes, no sentidos de impedir a negligência, é possível encontrar uma solução. O primeiro passo é a diminuição, ao menos de 50% no salários dos funcionários públicos que atuam na área da justiça e a contratação de mais funcionários, o que permitirá maior eficiência dos julgamentos, o segundo passo é uma discussão aberta que envolva família, sociedade e estado sobre a legalização das drogas, com um fórum online para votação e opinião com a finalidade de resolver sobre a legalização ou não dos narcóticos, onde optar por aquele traria benefícios para diminuir o número de encarcerados. O terceiro passo é incentivar ações que buscam diminuir a desigualdade e programas sociais, principalmente não governamentais haja vista que o governo enfrenta dificuldades econômicas, como o Criança Esperança. Com essas medidas é possível começar a findar esse grande problema, o que diminuirá gastos e proporcionará maior possibilidade de investimentos em setores como saúde e educação, o que trará bem-estar e desenvolvimento para o Brasil.