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Enviada em: 31/07/2017

Encarcerar não é solucionar  Na medida em que a qualidade da educação brasileira decaiu, os índices de criminalidade aumentaram, bem como o número de presos. Sendo esse problema diretamente ligado às infraestruturas de formação do cidadão- já que os países com maior desenvolvimento educacional são os que tendem a ter menos encarceramento- a política de criação de novas prisões se revela como sendo uma fuga do real motivo que leva à pratica de delitos. Desse modo, superlotações, organização de facções, violência urbana e rebeliões serão cada vez mais presentes no Brasil, se as instituições governamentais não combatem a defasagem educacional vigente.  Presos tratados como lixos e vivendo em condições sub-humanas é o que caracteriza o sistema carcerário brasileiro. Isso, além de infringir os direitos humanos básicos de saúde e educação, estimula o detento a odiar cada vez mais a sociedade na qual vive. Por conseguinte, tem-se a criação de cada vez mais problemas sociais, como a realização de rebeliões em presídios, e não há a reeducação que impediria um criminoso de praticar algum crime novamente.  O sociólogo Thomas Mathiesen, estudioso dos sistemas carcerários, mostra em suas análises que "em toda a história da humanidade, as prisões nunca foram soluções eficientes". Dessa forma, a política brasileira de prender sempre mais é danosa, já que foge da educação e se abriga em grades criadoras de mais violência. Sendo assim, a problemática crescente não ressocializa o preso e muito menos traz segurança ao povo brasileiro.  Cidadãos éticos são formados a partir de uma forte base educacional. Violentar criminosos cria mais criminosos. Portanto, faz-se necessário maiores investimentos em educação de qualidade a toda a população, principalmente aos que já praticaram delitos, a fim de criar boas condições de vida a todos. Isso tende a fechar presídios e a criar maiores possibilidades de segurança e desenvolvimento social.