Materiais:
Enviada em: 01/08/2017

Um dos cenários mais conhecidos pelo povo brasileiro é a falência do sistema prisional e o alto índice de criminalidade, sendo acarretado principalmente pela desqualificação da gestão pública e a apatia por parte da população. Através disso, depois de muitos anos de falência, eclodiu nas ruas uma grande crise de violência, ocorrendo inúmeras mortes diárias sem ações eficazes contra tais atos.     O âmago da situação prisional brasileira é histórica, problemas como educação precária, desestruturação familiar e as raízes escravocratas colaboram na continuação do problema. A desestruturação aliada com a falta de investimentos na educação auxiliam na criação de um povo ignorante e sem perspectiva para mudar de vida, escolhendo na maioria das vezes, o caminho errado. Outrossim, conforme pesquisa do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça, 53% dos detentos são negros, mostrando que as mazelas escravocratas - preconceito, pobreza, falta de conhecimento - ainda perduram, acarretando essa disparidade.     Além disso, presídios com superlotação, falta de comida e higiene quase inexistente, corroboram na manutenção de agressividade e violência desses indivíduos, sendo mantido o mesmo padrão psicológico de quando entraram. Com a apatia advinda da sociedade, os presos que deveriam receber tratamento para serem realocados no ambiente social, voltam de forma mais violenta em virtude do tratamento penitenciário e do preconceito vivido nas ruas, ocasionando novos crimes e a reincidência para o cárcere. Através disso, a falta de gerenciamento, como má administração, ocasiona o estopim para rebeliões e fugas, obtendo a sociedade como a maior vítima.     Advindo disso, diversas medidas deverão ser postas em prática, como projetos sociais em cadeias que busquem inserir o preso em tarefas como marcenaria, cujo valor das peças produzidas sejam dividas entre o presídio - auxiliando nas necessidades existentes - e o preso - contribuindo para a vida fora da prisão. Além disso, projetos sociais que visem a retirada de crianças das ruas e realocadas em escolas, diminuindo o risco de entrarem para o crime. Paralelamente, a criação de uma comissão que revise os processos de gerenciamento nos presídios, buscando falhas e o descumprimento de qualquer direito, tendo como meta a melhoria nos serviços prestados. Com essas ações, a longo prazo, pode-se melhorar o sistema prisional e diminuir o caos no Brasil.