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Enviada em: 05/08/2017

O massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, foi um marco na história do Brasil, pois devido a sua superlotação, uma rebelião que poderia ser controlada acarretou em diversas mortes. Nesse sentido, o sistema carcerário brasileiro apresenta precariedade por longos anos e, infelizmente, ela ainda permanece na sociedade atual. Cabe, portanto, analisar quais são as falhas desse sistema e buscar melhorias que tragam segurança ao preso e toda a população.       Em primeiro plano, vale destacar que, a falta de infraestrutura das prisões é vergonhosa. O desprezo pelos detentos é notório em vários aspectos, principalmente quando vinculados a higiene e expectativa de vida, pois não há prioridade na reinserção deles na sociedade mas em excluí-los de tal. Essa realidade é relatada na trilogia de livros sobre o sistema carcerário brasileiro, do Dr. Drauzio Varella, nos quais são mencionadas as suas precariedades, através da visão de diferentes grupos que compõe os presídios e impactado os leitores.       Além disso, a  inversão do real papel das prisões é evidente. Tal instituição não tem como objetivo excluir os prisioneiros da sociedade, mas reinseri-los de modo que eles não voltem a fornecer perigo. Porém, isso não é o que ocorre, visto que, geralmente, não há distinção de crimes devido à superlotação, acarretando na formação de facções entre os detentos. Prova disso, foi a exibição do programa Profissão Repórter sobre a situação do sistema carcerário, no qual os presos mostravam as situações em que viviam e a saída que encontravam para sobreviver.        Portanto, cabe ao Ministério da Justiça, em parceria com empresas privadas, reestruturarem as prisões do país, por meio de obras que possam ser realizadas por detentos de baixa periculosidade e em contrapartida esses terão suas penas reduzidas, visando diminuição dos cárceres e reinserção dos presos. Além disso, os Governos Municipais, devem elaborar formas de separação dos presos de baixo, médio e alto teor de perigo nas prisões, evitando assim a formação de facções nos presídios.