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Enviada em: 03/08/2017

Caótica. É a situação do Sistema Carcerário brasileiro,o quarto mais populoso do mundo. A situação pela qual os detentos são submetidos, despreza cada vez mais o conjunto dos Direitos Humanos.       Desde o regime militar ocorrente no Brasil entre 1964 e 1985, o número de encarcerados têm crescido velozmente, devido a situação precária em que a população vive, muitas vezes sem os mínimos requisitos, estabelecidos pelos D.H., para viver - moradia, alimentação, saúde, higiene e educação. Segundo ideias de Friedrich Engels, a pobreza motiva e conduz o indivíduo ao crime.     As leis elaboradas pelo poder Legislativo, privam o indivíduo, que cometeu algum ato criminoso, de sua liberdade. No entanto, muitos outros direitos têm sido retirados dos detentos. O filme "Carandiru" relata, não somente o maior massacre das últimas décadas, com 111 mortos, como também a situação desumana em que os prisioneiros viviam. Com cerca de 3 vezes mais presos, além de sua capacidade, o valor investido nas penitenciárias não era e nem é suficiente para suprir todos os gastos.            Como consequência apenas 13% da população carcerária tem acesso a atividades educativas. Soma-se a isso a situação alarmante, em que 92% dos presos não chegaram a concluir o ensino fundamental, segundo site "Justificando". Portanto ao analisar estes dois fatos, chega-se a triste realidade brasileira em que o números de encarcerados é bem maior do que o de alfabetizados.        Contudo, mudanças fazem-se necessárias para solucionar o empasse. Os governos estaduais precisam redistribuir seus investimentos, para a educação (creches, escolas, faculdades públicas), saúde (pronto socorros, postos de saúde, sistemas de prevenção) e moradia, de forma a reduzir os índices de pobreza. Dessa forma, resgatando os princípios dos Direitos Humanos e atingindo diretamente a raiz do problema carcerário, a pobreza extrema. Segundo Sair Arthur Lewis "a educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido".