Enviada em: 05/08/2017

No cenário atual dos presídios brasileiros, a superlotação é uma dura realidade, pois não existem vagas suficientes para toda a demanda. Esse problema é agravado pois 40% dos presos ainda estão no processo de aguardar o julgamento. Concomitantemente, o Brasil possui apenas um terço dos defensores públicos que seriam necessários para suprir toda a demanda. Além disso, grande parte dos presidiários, quando libertos voltam a cometer os mesmos crimes. Tendo isso em mente, fica claro que o atual sistema carcerário brasileiro enfrenta uma grave crise.   Um dos maiores problemas das penitenciárias é a superlotação, pois o número de presos cresce em uma escala muito maior do que o número de vagas. Isso gera condições desumanas para os presidiários, fazendo com que haja grande proliferação de doenças dentro das celas.   Atualmente o Brasil possui apenas um terço dos agentes públicos necessários para suprir a demanda de julgamentos, o que gera grandes filas de espera. Somando isso ao fato de que aproximadamente 40% dos presos estão aguardando nessa fila, conclui-se que existe uma ineficiência do Estado nesse sentido, o que agrava o problema da superlotação.   Outro fato preocupante é o de que grande parte dos ex-presidiários voltam a cometer os mesmos crimes, sendo que isso acontece, pois, apesar de o governo prever programas de ressocialização dos presos, na prática isso não acontece, fazendo com que os ex-detentos não tenham alternativas para se reinserirem  na sociedade.   Uma alternativa para contornar os problemas citados anteriormente são as APAC´s (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), que são entidades privadas que abrigam uma parte dos penitenciários, prevendo programas para reinserir essas pessoas na sociedade, gerando também condições propícias de habitação para os mesmos. Essa é uma opção viável pois se trata de entidades em que seus recursos não vêm diretamente do governo, e é também eficiente pois criam as condições necessárias para a ressocialização dos presos.