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Enviada em: 05/08/2017

Carente sistema prisional brasileiro.                        O sistema prisional brasileiro apresenta inúmeras falhas: superlotação dos presídios e condições precárias dos mesmos, alta criminalidade acompanhada do consumo de drogas dentro do ambiente, grande número de detentos no aguardo do julgamento etc. Visto isso, percebe-se que essas situações impedem que o sistema cumpra o seu papel: a reinserção social do condenado.       Grande parte das cadeias brasileiras abrigam mais pessoas que o número permitido. Assim, a superlotação é um problema que atinge a dignidade do preso, uma vez que o submete à situações desagradáveis, como a falta de espaço e de privacidade. Além disso, as condições da cadeia, geralmente, são precárias, não atendendo totalmente às necessidades humanas.       Em janeiro desse ano, mais de 50 presos que cumpriam pena em Manaus (AM) foram mortos em uma rebelião que ocorreu dentro do presídio. O fato demonstra a alta criminalidade existente no interior das penitenciárias e expõe a fragilidade do sistema prisional brasileiro. Soma-se a isso o porte de armas pelos presos e o consumo de drogas, situações as quais não preparam o indivíduo para viver pacificamente na sociedade após cumprir a condenação.       A APAC (Associação de Proteção e Assistência do Condenado) é uma instituição que visa recuperar o sujeito criminoso e prepará-lo para voltar a conviver na sociedade. O método não utiliza da violência, estimula o estudo, a religião e o trabalho e vem demonstrando eficácia. Desse modo, certifica-se que punir o criminoso com violência não é solução para a problemática. O escritor brasileiro Coelho Neto concorda: "Não é com o esmagamento de uma lagarta no campo que se salva a sementeira."       Além do investimento do Estado e da participação social em instituições como a APAC, outras ações são necessárias para amenizar o problema do sistema penitenciário brasileiro. Em vista disso, o investimento do governo na educação é importante, já que o jovem escolarizado tem mais oportunidades de emprego, descartando o crime como forma de ganhar dinheiro. Ademais, é necessário que os presídios ofereçam ao apenado oportunidades de aprendizado de uma profissão técnica, a fim de facilitar a sua reinserção social após o cumprimento de sua pena.