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Enviada em: 07/08/2017

O Brasil é o terceiro país com maior número de presidiários do mundo, e entre os três é o único que mantém o aumento das taxas. Diante dessa situação, problemas relacionados a superlotação geram consequências negativas ao quadro do sistema carcerário nacional e más condições aos presos inseridos nele. Dessa forma, é necessário mobilização para corrigir tais erros e estabelecer melhora na qualidade do serviço e nas bases sociais.      Característicos de países subdesenvolvidos, como no caso do Brasil, é evidente o pouco investimento em áreas sociais. Nesse contexto, fica perceptível o sucateamento da educação, que consequentemente torna-se incapaz de realizar o papel de qualificar e inserir indivíduos no mercado de trabalho. Dessa maneira, a camada menos favorecida da população, em sua minoria, pode recorrer a formas ilegais para aumentar a renda familiar como no caso do tráfico. Através do alto índice de encarcerados oriundos de periferias e comunidades pode-se observar tal comprovação, no entanto, questões relacionadas ao preconceito afetam o julgamento de negros e pobres aumentando ainda mais essa estatística.       Referindo-se as instituições físicas, problemas ligados as instalações e infraestrutura são constantes. Os atuais presídios não comportam mais o número de presidiários e também não há a construção de novos pra realocar o grande número de pessoas. Questões relacionadas aos poucos trabalhadores também são recorrentes, há cerca de 40% dos detentos presos devido a demora dos processos e julgamento, além de falta de funcionários nas cadeias se comparado a quantidade de presos. Esses fatores contribuem para um sistema carcerário desqualificado e que não oferece os ideais apoios e condições a presos e futuros ex-detentos se reinserirem na sociedade.           Sendo assim, pode-se concluir que, para solucionar o problema é necessário por parte do governo realizar reformas nos antigos presídios para aumentar a lotação máxima, além de construir novos mais modernos. Com relação a parte educacional, o Ministério da Educação deve instituir em comunidades mais pobres e em todos os presídios programas de aulas diferenciadas, como artesanato, culinária, teatro, entre outros, para que assim, pessoas menos favorecidas e ex-presidiários tenham a oportunidade de se estabelecer na sociedade de forma a melhorar a qualidade de vida sem recorrer a ações ilegais. Pois dessa forma, o indivíduo provido de mais conhecimento e qualificações está mais apto a concorrer no mercado de trabalho e evoluir profissionalmente, como Emmanuel Kanta já pensava "O homem é aquilo que a educação faz dele".