Materiais:
Enviada em: 08/08/2017

Originalmente, a prisão foi criada como forma alternativa e mais humana para pessoas que comentem crimes, ocupando o lugar dos castigos corporais e da pena de morte. Infelizmente, na atual conjuntura brasileira, o sistema carcerário mostra-se totalmente precário. Sem a estrutura necessária para atender à demanda, o objetivo de proteção, punição e reeducação, tem sido abandonado.      Nesse contexto, é válido ressaltar que o Brasil tem a quarta população carcerária do mundo e o custo para se manter um detento, é muito elevado. A falta de infraestrutura e a superlotação dos presídios, contribuem para que a convivência entre os presos seja ruim, colaborando com o surgimento de facções criminosas, brigas e maus tratos, onde muitos acabam sendo mortos, como ocorrido no presídio de Manaus em 2017. Tais fatores, auxiliam para que o papel de reabilitar o detento na sociedade seja esquecido, fazendo com que muitos, ao serem liberados,  voltem para o mundo do crime.      Outro fator existente é a má alimentação. A maioria das refeições não possui os nutrientes necessários ao ser humano e a falta de assistência médica é preocupante, evidenciando o descaso para com essa parcela populacional. Como disse Nelson Mandela, "uma nação não deveria ser julgada pelo modo como trata seus melhores cidadãos, e sim, os piores" por isso, a maneira como os direitos e o bem estar dos detentos são ignorados, tem muito a dizer sobre os brasileiros.       Ainda convém lembrar que a justiça do país é extremamente lenta, e a falta de defensores públicos suficientes contribui para a existência de inúmeros presos sem condenação, auxiliando na superlotação. Ademais, a educação é um fator elementar para a redução da criminalidade e da violência no país e, consequentemente, a redução dos presos. No entanto, a ensino público é falho e a maioria dos detentos são presos por tráfico de drogas, roubos e furtos.      Sendo assim, o Departamento Penitenciário Nacional deve investir em novas penitenciárias, além de garantir que em cada penitenciária haja somente o número adequado de presos para a boa convivência, através da vigilância e fiscalização. Em adição, o Governo Judiciário pode fazer a utilização de penas alternativas, como serviços comunitários, para crimes mais simples, visando a redução dos detentos. Por último, o Ministério da Educação deve transmitir aos jovens alternativas para um futuro promissor, com o auxílio do estudo e do trabalho, através de palestras e projetos pedagógicos ministrados nas escolas, na tentativa de evitar que eles sigam o caminho da criminalidade.