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Enviada em: 09/08/2017

Assim como dito por Hobbes em "O Leviatã", dado o caráter da condição natural dos homens, é papel do estado, através do pacto social,, estabelecer uma ordem moral a brutalidade primitiva. Contudo observa-se no Brasil um cenário oposto ao proposto pelo filósofo no século XVI, em que o estado ao tentar conter a brutalidade apela para o sistema carcerário, que por encontrar-se superlotado, falha miseravelmente em sua missão. Em uma análise mais aprofundada da situação, é possível afirmar que a crise carcerária é causada pelo descaso do estado e do poder judiciário. Portanto só será possível amenizar esse problema com a participação de ambos.  Em primeiro lugar, há de se considerar que o estado tornou-se relapso em relação a função dos presídios. Essas instituições que tinham como finalidade original atuarem como centros de correção de comportamento e ensino para ressocialização dos detentos, funcionam atualmente como centros de detenção e exclusão. Por consequência os detentos não retornam para a sociedade o que contribui para o aumento continuo da população carcerária.  Soma-se a isso o fato de que grande parte dos detentos é vítima de um sistema judiciário falho, que não fornece defensores público para atender toda a demanda. Sendo assim, eles ficam presos enquanto aguardam julgamento sendo submetidos a condições desgastantes, além de contribuírem para o aumento da população carcerária.  Torna-se evidente, portanto, que a negligência do estado e do pode judiciário é responsável pela crise das prisões brasileiras. Dessa forma, é essencial que o governo com o apoio do sistema judicial faça parcerias com ONGs e outras instituições com o objetivo de fornecer atividades e penas que visem a ressocialização dos presos, além disso é necessário que o sistema judicial contrate mais defensores públicos suprindo a demanda. Assim, com essas medidas será possível amenizar o quadro em que se encontram os presídios brasileiros.