Materiais:
Enviada em: 11/08/2017

Prisões no Brasil: ineficiencia atemporal             A Cadeia de Relação, criada ainda no século XVII, foi uma das primeiras casas de detenções do Brasil, localizada no Rio de Janeiro. A questão carceraria no Brasil, portanto, é antiga e atual ao mesmo tempo. Embora as mudanças relacionadas ao tema ainda sejam emergenciais. O problema advém da quantidade de presos reincidentes e das condições insalubres das prisões.              Mormente, segundo a pesquisa feita em 2014 pelo Instituto nacional de Pesquisas Penitencias (infopen), o Brasil atingiu a marca de 600 mil presos, onde 40% destes são reincidentes. Na medida que isso ocorre, aumenta o superlotamento das penitenciarias de forma impossibilitar o tratamento mais individualizado de cada detento porque é impossível humanizar vários prisioneiros juntos.             Outrossim, as condições das penitenciarias também precisam melhorar. No livro ''Memorias do carcere'', o autor Graciliano Ramos descreve como era a penitenciaria onde ele passou alguns anos isolado pelo regime do Estado Novo Varguista. Falta de atendimentos básicos como médicos insuficientes tornavam o local uma verdadeira anomia (termo durkheimiano referente a anarquia). Hoje em dia, pouco mudou.             Torna-se imperativo que o governo aumente o número de municípios onde existem associações de proteção e assistência ao condenado (APECs) por meio de investimentos vinculados ao Ministério da Educação. Paralelamente, a mídia poderia patrocinar outdoors conscientes nas ruas por meio de programas sociais financiados pelos telespectadores. Por fim, a sociedade necessita se educar através de palestras sobre penitenciarias como as do doutor Drauzio Varella. Assim, finalmente, poderemos mudar, em 10 anos, casos como o da Cadeia de Relação.