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Enviada em: 10/08/2017

A crise carcerária no Brasil é uma decorrência da desigualdade social, a ausência de uma educação de qualidade para todos e da resistência à descriminalização das drogas, além, do fato de muitos presídios no país serem privados.       A desigualdade social é uma consequência do sistema capitalista, que leva empresários a serem gananciosos e eliminar gastos para ter o maior lucro possível. Segundo Maquiavel, os fins justificam os meios. É por isso que muitas empresas optam por mão de obra desqualificada, o que torna a qualidade socioeconômica da classe sem poder aquisitivo indigna. Dessa forma, muitos encontram no tráfico de drogas um meio de sobrevivência.         Muitas pessoas são presas devido ao tráfico de drogas e são colocadas em presídios superlotados com condições estruturais subumanas. Quando integrantes do grupo do PCC foram exportados pelo estado de São paulo para outros estados, muitos foram colocados em penitenciárias nas quais certos encarcerados fazem parte de facções rivais. Isso gera rebeliões cujas consequências são manifestações violentas e uma forte queda na segurança das prisões, visto que seu controle estás nas mãos dos próprios presidiários que, muitas vezes, são portadores de armas e celulares e conseguem comandar quadrilhas organizadas do narcotráfico mesmo dentro do cárcere.        Em um congresso incapaz de perceber que uma das melhores formas de se acabar com o narcotráfico é a legalização de entorpecentes, o resultado são problemas que fogem do controle público. Ademais, a falta de uma educação de qualidade também contribui para esses empasses, visto que a educação é um poderoso instrumento de combate à desigualdade social e, na sua ausência, a classe dos excluídos fica impossibilitada de ascensão social e econômica, o que leva muitos ao tráfico, além do uso de drogas.       Logo, se fosse possível a legalização do uso de entorpecentes o tráfico não existiria, e isso permitiria até uma maior arrecadação nos cofres públicos por meio de impostos. Além do mais, se o Ministério da Educação utilizasse seus recursos para melhorar o ensino público e incentivar as escolas a proporcionar aulas e palestras para uma formação mais crítica dos alunos, a desigualdade social poderia diminuir muito. Se isso ocorresse, os cidadãos participariam da política de forma ativa, o que impediria certos políticos de legislarem de acordo com os próprios interesses havendo, assim, uma Constituição mais justa e respeitada e maior respeito aos direitos humanos.