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Enviada em: 12/08/2017

Bandido bom é aquele que não volta    O Brasil está enfrentando problemas em relação ao seu sistema carcerário: a maioria dos presídios brasileiros encontra-se em estado de superlotação, isto é, em uma cela na qual deveriam estar 10 presos, estão 25; as condições dos detentos é insalubre - muitos dormem no chão das celas, têm alimentação irregular, estão sujeitos a adquirirem diversos tipos de doença e até morrem tanto por essas doenças quanto por brigas dentro da própria cadeia -; e a formação de facções nas penitenciárias que levaram à morte de inúmeras pessoas que se encontravam nestas.   Essas condições dos presídios brasileiros relacionam-se com a própria estrutura destes, com as condições atuais da sociedade brasileira e com a falta de ações governamentais. Primeiramente, as condições de instalação nas penitenciárias são precárias: falta colchão, cama, travesseiro e outros utensílios básicos para o uso pessoal, assim como comida.Isto reflete na ação dos presos, ou seja, viver em um local sem o necessário para viver gera revolta, insatisfação e favorece a formação de grupos capazes de tentarem destruir ou fugir da cadeia. Além disso, sabe-se que a segurança destas é falha, o que garante a entrada de drogas e aparelhos eletrônicos, por exemplo, fazendo com que os presos continuem a praticar aquilo que faziam fora dela.  No segundo caso, nota-se que a crise vivida nos últimos anos teve como consequência o aumento do número de crimes no Brasil. O problema na economia do país gerou um elevado número de desempregados e levou uma parcela da população a morar nas ruas. Tal condição de miséria os leva a furtarem para conseguirem se alimentar ou a participarem de profissões ilegais, como o narcotráfico, responsável por aproximadamente 70% das prisões. Juntamente com isto, o descaso do governo com a ressocialização do preso após liberto, não oferecendo a ajuda necessária como dinheiro para alimentação, transporte até a residência, trabalho ou programas que garantam que eles não voltem ao crime, faz com que ele cometa novamente as infrações anteriormente cometidas.  Como o país já não tem dinheiro suficiente para empregar a população e o Estado não auxilia dos ex-presidiários, eles acabam com menos chance de serem empregados e continuam sendo marginalizados.   Para isso ser resolvido, o governo deve criar programas para inserir os libertos na sociedade, garantindo-lhes o dinheiro necessário para sobreviverem nos primeiros meses e empregando-os com o auxílio de empresas que contenham programas sociais e de ONGs responsáveis pela garantia de que eles não voltem à vida anterior, além de averiguar as condições das prisões, garantindo os alimentos e produtos necessários para todos os presos e aumentando a segurança destes locais.