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Enviada em: 12/08/2017

Com a demanda muito superior à oferta, o sistema penitenciário do Brasil está prestes a entrar em colapso. Com a ineficiência do sistema jurídico, associada ao contingente de agentes públicos para julgamento dos casos, e a obsolência na proposta pedagógica para ressocialização dos presidiários, a oferta por vagas nos presídios acabam por não surgir, provocando com isso a acomodação acima do limite por celas. É necessário um estudo mais detalhado relacionado ao modelo carcerário brasileiro, criar estratégias para cumprimento de pena em crimes de menor potencial ofensivo para melhor acomodação dos detentos.        Em relação ao sistema jurídico, observa-se que sua lentidão está na quantidade insuficiente de agentes públicos, como: juízes e defensores públicos, para julgamento e consequentemente, aplicação das penas cabíveis à infração, que em muitos casos não precisam de reclusão. A quantidade de detentos esperando por julgamento nos presídios é muito grande. De acordo com médico e escritor, Dráuzio Varela, a precariedade e o superlotamento dos presídios são as principais causas de rebeliões ocorridas nos presídios.       No que diz respeito a ineficácia da proposta pedagógica de ressocialização dos presidiários, nota-se que ela não atinge seu objetivo, que é recuperar o detento para reintegração à sociedade. Uma das justificativas está nos índices bastante elevados de crimes cometidos por reincidentes. Na maioria dos casos, a volta ao crime está associada ao preconceito que as empresas tem em contratar um ex presidiário, fazendo com que estes voltem ao crime.       Dessa forma, é necessário que reformas no sistema penitenciário seja realizada de forma imediata. A criação de mais vagas para juízes e defensores públicos acelerariam os julgamentos e liberariam mais vagas. A parceria de ONG's com setor privado e o sistema penitenciário seria necessário para que fossem ofertadas vagas de emprego  a ex presidiários para que a reintegração seja realizada de forma completa à sociedade.