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Enviada em: 14/08/2017

No filme Carandiru mostra- se questões vivenciadas na rotina carcerária, como maus tratos, superlotação e a falta de humanidade. Fora dos cinemas, a crise no sistema carcerário é uma realidade no Brasil, tornando necessário o seu combate, para a integridade dos presidiários.  Entretanto, o poder público e a procrastinação judiciária são os responsáveis pela manutenção da crise carcerária brasileira. Sendo que ,os baixos investimentos governamentais resultam na má infraestrutura e gestão das cadeias. Desse modo, o indivíduo é posto à margem do descaso e precisa conviver com condições , que ferem a integridade humana, como a falta de ações educativas e profissionalizantes. Por consequência disso, o risco entrada ao crime tornam- se fatores inevitáveis, pois, de acordo com o pensamento determinista defendido por Ratzel, o homem é fruto do meio em que está inserido.  Contudo, a efetividade do combate à crise carcerária brasileira é impossibilitada por que o Brasil é um dos países que mais encarceram no mundo,sendo que não tem distinção entre quem consome e trafica drogas.Assim, a ausência efetiva da ação judicial fomenta a ampliação do número de presos provisórios- sem julgamento ou condenação -, pois prolonga, indevidamente, o processo penal. Consequentemente, ocorre o fenômeno da superlotação.   Portanto, é evidente um ciclo de irregularidades o qual necessita de uma intervenção. Para isso, cabe ao Ministério Público disponibilizar verbas para reformas na infraestrutura dos presídios. Também, o Ministério da Educação deve estabelecer palestras educativas com viés do ensino da cidadania ético- social para que garanta uma efetiva ressocialização dos presidiários. Ademais, o Ministério da Justiça deve homologar os processos provisórios e rever a execução penal da Lei das drogas com o intuito de diminuir uma desnecessária superlotação. Somente assim, a crise carcerária, como relatada no filme Carandiru, deixará de fazer parte da realidade brasileira.